Escrevendo sua História

"Escrever nossa própria história pode ser difícil, mas não é tão duro quanto passar fugindo dela."

Brené Brown

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Jogos Ortográficos - Turma 3001

Hífen, Reforma Ortográfica e erros comuns

Oi , turma, que tal treinar um pouquinho a ortografia de forma mais agradável. Vamos trabalhar o emprego do hífen e questões relacionadas à acentuação e concordância.
Temos aqui uns joguinhos do site "Educar para crescer" que podem facilitar o nosso trabalho. Preste atenção às regrinhas e volte sempre ao jogo para memorizá-las. Você é bem-vindo sempre. Espero que se divirta e aprenda bastante. Não esqueça de deixar seu comentário. Beijinhos.

Joguinho do Hífen

Se você ainda tiver dúvidas no emprego do hífen, cheque as dicas do site Escola Kids:
Hifen - Reforma Ortográfica 2009

Teste seus conhecimentos em outros erros comuns. Vamos lá?
100 erros comuns do Português

Joguinho da acentuação


Este é o link para o site Educar para crescer . Visite o site, tem muita coisa boa lá.
Educar para Crescer

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Vestibulando Digital _ Simbolismo - 2º ano EM

Simbolismo e suas principais características e representantes

Estudar o Simbolismo é contribuir para a recuperação de seu valor estético, vilipendiado pela crítica e pelo público de sua época. Os poetas dessa vertente retomaram questões esquecidas desde a instauração do ciclo antirromântico, como a subjetividade e a valorização dos sentimentos e das emoções empreendida pelos poetas românticos. Isso ocorreu porque o final do século XIX foi bastante turbulento no Brasil e na Europa.
Ao contrário do que se pensava, o capitalismo e os avanços técnico-científicos não foram capazes de beneficiar toda a população, privilegiando apenas uma pequena elite, de modo que conquistas como a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República não propiciaram mudanças efetivas, mantendo o status quo de uma maioria oprimida. Sendo assim, o clima otimista que imperava à época das benesses promovidas pela Revolução Industrial foi substituído por um olhar mais reflexivo e pessimista que, obrigatoriamente, necessitava de um novo olhar artístico para expressá-lo.
Guiados pela percepção de que a arte tinha de voltar a ser valorizada por ela mesma, sem a necessidade de ser engajada, parnasianos e simbolistas, partilhando o mesmo contexto de produção, questionam o poder da razão e da ciência. Essas estéticas, portanto, opuseram-se à recém formada sociedade tecnocrata e buscaram valorizar o belo da arte, mas por caminhos distintos, que fizeram do Parnasianismo a arte da elite, e do Simbolismo uma arte marginal.
O desprestígio que acometeu o Simbolismo está filiado ao seu projeto literário, que pretendia sugerir, simbolizar, ao invés de simplesmente dizer. Ainda que empreendendo um primoroso trabalho linguístico, criando imagens sugestivas, valorizando a sonoridade e as sinestesias, os simbolistas não conseguiram despertar, no público da época, ainda apegado aos valores parnasianos, o gosto por poemas que visassem à captação da essência humana.
            A recém-formada elite brasileira também desprezou o movimento, pois estava deslumbrada com os recentes avanços e carecia de uma visão crítica da realidade, o que dificultou a compreensão do projeto literário simbolista. Mesmo entre os intelectuais, esse desprezo se manteve, o que se comprova pelo fato de que nenhum poeta simbolista fez parte da Academia Brasileira de Letras quando de sua fundação por Machado de Assis, em 1896. Diante desse desprestígio, resgatar o valor dessa estética é de extrema importância, proporcionando a ênfase, de outra faceta da linguagem: sua capacidade de abstração, de construir o vago (sonho) a partir do concreto (a língua).
Essa mesma capacidade de abstração também marcava outra manifestação artística: o Impressionismo.
O clima de incertezas e indefinições atingiu as artes plásticas originando telas que se afastaram completamente do modo de expressão realista: o que valia eram as impressões do artista e não a mera reprodução do real. Assim, estudar o Simbolismo favorece a compreensão do Impressionismo, pois, se os poetas utilizavam a língua para expressar o desconhecido, os impressionistas apropriavam-se das cores e dos jogos de luz e sombra para inserir a abstração em suas obras...


Para complementar suas informações assista o vídeo a seguir sobre a estética simbolista:


A Arte Simbolista e Impressionista

O Impressionismo, tal como o Simbolismo, foi uma reação artística contra o cientificismo e o materialismo que imperavam na época, defendendo que o artista devesse buscar a essência do ser, o conhecimento intuitivo, a realidade subjetiva. Para alcançar esse fim, o poeta, então, empregou recursos sonoros, como aliterações e assonâncias, e figuras de linguagem, como sinestesias, metáforas e comparações.
Não se trata de uma forma de fuga da realidade, mas sim de um jeito particular de interpretá-la, como se simbolistas e impressionistas vissem o mundo “de dentro para fora”.É fundamental que a visão simbolista não se confunda como uma forma de escapismo, visto que o objetivo era captar o real de outra forma, metafísica e espiritualmente, e não sentimental.

Para conhecer um pouco do trabalho de artistas deste período, procure visitar os sites abaixo:



Assista também ao vídeo "Vincent", com música de Don MacLean, um tributo à vida e obra de Van Gogh:


O Mito da Caverna - 2º ano EM

Ao final do século XIX, o progresso e a transformação do espaço urbano se mostraram incapazes de promover reais mudanças na sociedade, beneficiando apenas uma pequena parte da população. Sendo assim, instaurou-se um clima de descrença e pessimismo que abriu espaço para a arte se voltar para ela mesma, apartando-se da realidade objetiva e centrando-se na realidade subjetiva. Na literatura, os poetas simbolistas utilizaram uma linguagem extremamente abstrata, que mais sugeria do que dizia.
Para mostrar a descrença na razão, motivada por um profundo descontentamento com os supostos avanços que inundaram a sociedade ao final do século XIX, procure assisitr ao vídeo “Mito da Caverna”, uma versão em história em quadrinhos para o célebre mito criado pelo filósofo Platão. 
Segundo o mito original, em uma caverna, vivem prisioneiros cuja única forma de contato com o mundo exterior é através das sombras projetadas nas paredes pela luz de uma fogueira. Quando finalmente libertos, os ex-prisioneiros maravilham-se com o real, com a verdade, com um mundo tangível e palpável ao qual não tinham acesso. No entanto, tendo vivido desde o nascimento na escuridão, esses seres têm dificuldade para se habituar à luz, ao mundo real.
Assista também o vídeo Ser ou não ser - Platão, o mito da caverna, da série apresentada pela filósofa e psicanalista Viviane Mosé, exibido pelo Fantástico.
É importante destacar que a caverna e a consequente privação de luz simbolizam a ausência de conhecimento. Para Platão, tal como os prisioneiros em sua alegoria, os seres humanos não teriam condições de acessar a verdade. Todos seriam iludidos por seus sentidos. Como ocorreria na caverna, visão, tato, audição, olfato e paladar permitiriam ao homem apenas o contato com sombras, meras projeções da essência de todas as coisas. O sol, ao contrário, visto somente depois da saída da caverna, representa o saber, o conhecimento da essência. Esse saber, que ilumina alguns, não chega a outros, que permanecem no interior, felizes e descrentes da verdade exterior à caverna.
Na poesia, os simbolistas também questionam as sombras e as projeções representadas pelo progresso do final do século XIX. Nesse contexto, a saída encontrada pela arte foi lidar com essa realidade de outra forma, com um olhar pessimista e reflexivo.
O pessimismo, motivado pelo descrédito da racionalidade humana, foi representado pela recorrência de elementos que remetiam ao vago, ao impreciso. Nesse sentido, a poética simbolista conseguia se contrapor à postura racional, marcada pela clareza, objetividade e exatidão. Mas como representar o vago? A resposta dos poetas simbolistas está na criação de imagens sugestivas, como aquelas proporcionadas pelas mesclas inovadoras de sentidos, as sinestesias. É por isso que, a despeito de se preocupar com a essência, o Simbolismo explorou tanto os sentidos humanos, considerados enganadores por Platão.
Assim, o Simbolismo, evidenciando pontos de contato com o mito, representou a reflexão crítica sobre a razão e a realidade na literatura. 
Mito da Caverna - HQ Maurício de Souza